quarta-feira, 18 de abril de 2012


A nova fase dos games

 Segmento mostra crescimento expressivo, mas indicadores apontam que mercado de videogames está longe de se esgotar.


Segundo reportagem realizada pela Revista Isto é Dinheiro Março/2012, se o mercado de games fosse como um jogo, o Brasil poderia ser considerado uma fase bônus, onde as empresas podem encontrar tesouros sem muitas dificuldades. Entre 2010 e 2011 o mercado de consoles cresceu aproximadamente 50%, e uma outro indicador 
 
Uma pesquisa encomendada pela NC Games, a maior distribuidora de software para games da América Latina, aponta que 73% dos brasileiros não possuem um console, este  levantamento foi divulgado no evento Game World de 2012, feira de games realizada em São Paulo entre os dias 30 de março e 1º de abril. Para chegar a essa conclusão, o Ibope ouviu mais de 2 mil pessoas em 142 cidades brasileiras.
 
Neste ano, o Brasil deve seguir a tendência mundial de ter o mercado de games como mais valoroso segmento de entretenimento. De acordo com a Ubisoft, há hoje no Brasil 2,5 milhões de consoles da atual geração, que ainda recebem jogos novos. Além desses, os brasileiros têm entre 5 e 6 milhões de plataformas antigas, já sem novidades. Segundo especialistas o problema da pirataria vem sendo superado no País graças aos jogos Online, pois é preciso ter um jogo original para participar de partidas na rede mundial. “Estamos no Brasil desde 1999 e sabemos que 2012 é o ano em que nossos negócios vão crescer como nunca por aqui”, afirma Chaverot. Diretor Executivo da Ubisoft no Brasil.

terça-feira, 3 de abril de 2012


Mercado de Games Dribla Pirataria 


        Se 2011 foi um ano ruim para a economia, o mesmo não aconteceu com as empresas que criam e distribuem games. Elas estão rindo à toa. Enquanto o mundo real aperta o cinto, os jogos eletrônicos batem recordes.



        No ano passado, o mercado movimentou 125 bilhões de reais, um crescimento de 7% em relação a 2010. O faturamento vem desde a venda de jogos para consoles até aplicativos para smartphones. Segundo a consultoria especializada em games DFC Intelligence, o mercado deve crescer 20% até 2016. Esse aumento será impulsionado pelo sucesso de jogos casuais como é o caso dos comandados por sensores de movimento como o Kinect, pelo relançamento de clássicos dos videogames e pela disseminação da cultura “freemium”, em que jogos gratuitos vendem itens para melhorar a experiência do jogador ou exibem anúncios.
       Quando comparados a outras formas de entretenimento, o sucesso do mercado de games fica ainda mais evidente. Lançado no final do ano passado, o Call of Duty Modern Warfare 3 faturou 775 milhões de dólares na primeira semana de vendas. É mais do que a bilheteria de filmes, como Harry Potter e as Relíquias da Morte, Crepúsculo e Transformers (veja quadro mais abaixo). “A popularização de games controlados por sensores atraiu um público mais amplo”, disse Guilherme Camargo, diretor de marketing da Microsoft e responsável pelo Xbox 360 no Brasil. “Mulheres, idosos e crianças passaram a consumir games.” E com isso aumentou o número de vendas desses produtos.
       Alguns fatores explicam o bom momento do mercado de jogos. Um deles é o combate à pirataria. Grande vilã da indústria nos anos 90 e 2000, a pirataria diminuiu graças à popularização dos jogos online. Embora ainda seja fácil fazer cópias dos títulos mais populares dos consoles, a prática perdeu adeptos graças aos mecanismos criados para barrar os jogos falsificados nas redes usadas para disputar partidas multiplayer. Hoje, grande parte da diversão de alguns títulos está nos jogos online.
         Outro filão que promete render são os remakes. Os jogos clássicos são relançados para aproveitar todos os recursos da atual geração de consoles. Um exemplo é a reedição de Halo: Combat Evolved. O jogo chegou às prateleiras em 2001 e, neste ano vai ganhar um upgrade com gráficos em alta definição. Já o Grand Theft Auto 3, que vendeu muito no início da década de 2000, também está de volta. Com uma diferença: seu retorno é exclusivo para iPad.
        Há pouco tempo, as produtoras estrangeiras temiam o alto índice de pirataria dos jogos e olhavam com restrições para o mercado brasileiro. A preocupação tem fundamento. Estudo da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostra que 60% dos 300 milhões de reais movimentados por ano no Brasil estão no mercado de cópias piratas e contrabando. Apesar disso, as empresas querem aproveitar o bom momento da economia brasileira. “Ter o Neymar na capa mundial do Pro Evolution Soccer é uma demonstração de que a Konami vê o país como uma de suas prioridades”, disse a INFO Aníbal Vera, diretor da Konami no Brasil. A Konami não é a única a olhar para o Brasil. Blizzard e Activision lançaram oficialmente no país seus grandes jogos, como Batman e World of Warcraft. Melhor em setembro, a Microsoft começou a fabricar o console Xbox 360 na Zona Franca de Manaus. O reflexo da estratégia já foi sentido no bolso. O preço do console caiu em média 40%. “Ainda há margem para diminuir o valor dos jogos”, diz Vera. “Um projeto de Lei poderá diminuir a carga de impostos.”
     Incentivados pelo sucesso da Lei da Informática, que reduziu a cobrança de impostos sobre computadores populares, uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou proposta para que os jogos eletrônicos passem a ter os mesmos benefícios. Assim, os games importados podem ter uma redução de até 45% em seus preços ao consumidor. 

"Os jogadores brasileiros mais do que agradecem"


Matéria veiculada no site da exame info de 14 de março: escrito por Juliano Barreto
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/uma-nova-midia-milionaria-14032012-12.shl